Desassossego
Que sossegadamente se instala
Nos silenciosos quartos
Da torre de marfim que habitamos…
E nos inflama a alma
Que, do alto da torre,
Observa o vasto aglomerado de formigas
Que são os nossos corpos…
Traduzindo: o Terror e o Medo. Deambulando.
Quem tu és não importa,
nem conheces
O sonho em que nasceu
a tua face:
Cristal vazio e mudo.
Do sangue de Quixote
te alimentas,
Da alma que nele morre
é que recebes
A força de seres tudo.
José Saramago, Dulcineia
1 comentário:
Um vasto aglomerado de formigas. Talvez não passemos disso mesmo.
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